1 Aventuras do Cavaleiro Lobo Sex Dez 14, 2012 8:37 pm
Suoh Mikoto
O principio da aventura - O nascimento do pequeno cavaleiro lobo
Dizem que todo aventura começa com uma decisão, e que uma decisão importante pode mudar o mundo, pro bem... ou pro mal... pras trevas ou pra luz; não posso dizer que sempre soube o que eram as trevas, nascido de família nobre, com habilidade naturais acima do comum, o futuro lorde de Winterfell, com certeza trevas não eram meu forte, como eu disse não eram.
Tudo parecia levar para um dia perfeito, Winterfell inteira se preparava pra visita da corte real de Fiore, o rei iria averiguar se Winterfell ainda era a maior e mais rica cidade do norte, checar se assim como os rumores era uma fortaleza impenetrável e o distrito militar mais forte e promissor de Fiore, e como futuro lorde de Winterfell eu era o centro das atenções, por horas as empregadas dos Starks me arrumavam e me instruíam de como falar, como agir, e obviamente como me portar em frente ao rei, como futuro lorde de Winterfell eu ia ser o mais testado, afinal em um curto período de tempo, caso tudo continuasse a correr daquela forma eu seria o líder de toda a Winterfell, controlaria 2/5 de todo o exercito de Fiore, mais do que o próprio exercito real, minha lealdade, habilidade de batalha, e liderança tinham que ser demonstradas em frente ao rei. Essa era uma das raras horas que eu não estava cercado de serviçais, elas haviam me deixado a poucos minutos, me deixando comigo mesmo refletindo sobre o que estava por vir... confesso que estava assutado, mas os Starks são treinados pra serem guerreiros e lordes desde pequenos, eu havia sido treinado pra isso desde que nasci.
O quarto estava silencioso, e eu olhava o espelho, admirando a mim mesmo, usava uma armadura negra, com o rosto de um lobo estampado no peitoral, sobre a armadura um manto negro, que tinha a pele de um animal sobre ele, a pele cobria os meus ombros e um pouco das costas, era um belo manto, e me mantinha quente em meio ao frio cortante de Winterfell; não estava com medo da decisão do rei, eu sabia que tudo correria bem, porém estava ansioso..., sera que eu teria que realizar algum feito, ou teste pra impressionar o rei? O silencio do quarto era destruído pelo rangir da porta de ferro que se abria, e do longo corredor que levava até o fim da torre da ala sul do castelo de Winterfell surgia meu pai, um alto e forte homem de cabelos negros, a quem todos tratavam com respeito e admiração, a anos todos os chamavam de Lorde Dos Primeiros Homens, um apelido dado aos seus descendentes os fundadores de Fiore, porém eu o chamava apenas de pai; ele trazia em seus braços um grande pano, que enrolava algo; nos seus olhos o orgulho era visível, mais do que o comum, ainda em silencio, com a mão esquerda, ele desenrolava o pano que cobria a... a espada, uma bela espada brilhante que tinha uma bela cabeça de lobo branco decorando o cabo do manejo, meu pai me dava a espada enquanto falava - Cuidado isso não é um brinquedo..., e o lobo no cabo, é o simbolo da casa Stark, da nossa casa, a honre, nunca deixe que essa espada veja a sua derrota, porém faça ela derrotar todos os inimigos que você ver. - Eu ouvia o que ele dizia enquanto admirava a espada que brilhava com a fraca luz do sol que vinha da janela, meu pai jogava o pano que de outrora enrolava a espada sobre a minha cama, e pra encerrar aquele momento "pai e filho" me dava a bainha da espada, pra que eu pudesse a guardar quando não precisasse a usar; meu pai saia do quarto enquanto me dava uma ultima lição - Nunca se esqueça de quem você é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo - Com o fim da frase ele se retirava do quarto; queria ficar o resto do dia trancado no quarto admirando minha espada e pensando nos conselhos do meu pai, mas não tinha tempo pra isso, logo o rei chegaria, tinha que espera-lo no portão como um bom lorde; embainho a espada e em seguida a amarro na cintura, com tudo pronto me olho uma ultima vez no espelho, tomo folego e vou para o portão de Winterfell.
Toda Winterfell estava no portão, esperando a corte real, que estava próxima, pelo menos segundo os vassalos que viviam nas proximidades de Winterfell; não só os Starks, mas como todos os moradores de Winterfell esperavam a corte real, pobres e ricos, magos ou guerreiros, todos esperavam pacientes; na frente estavam os Starks, tendo meu pai como dianteira, comigo, minha mãe que estava gravida e guardas reais ao seu lado; todos com grandes expectativas, acreditando que a visita do rei traria só mais alguns dias de festas para Winterfell, eu era um desses... pobres tolos... mal sabiam o que estava por vir. Alguns minutos se passaram até a caravana da corte real ser visível, uma enorme série de carruagens e cavalos, com centenas de guardas reais vestidos com armaduras douradas brilhantes; na carruagem da frente estava o simbolo de um escudo com duas espadas na sua frente formando um "x", o simbolo do ministério da defesa, então além da casa real alguns ministros também estavam vindo... bom não podia dizer que era uma surpresa, afinal Winterfell era uma peça importantíssima no papel da defesa do reino; na carruagem de trás o simbolo da coroa, porém com uma fita em sua volta, era o inconfundível simbolo da rainha, e dos herdeiros do trono, que sempre viam separados do rei, por questões de costumes antigos; e por fim, em uma carruagem com adornos de ouro e prata, com o enorme desenhos de dragões simbolo da casa Targaryen, a casa real da corte; a caravana da corte logo cruzava as campinas e chegava ao portão de Winterfell, nunca tinha sentido aquilo, me sentia como o veredeiro lorde de Winterfell, eu tinha que liderar aquele povo; a caravana finalmente parava, em frente ao portão, e enquanto a corte e o ministro da defesa desciam de suas carruagens os guardas reais encaravam o povo como se eles fossem ameaças, meu pai aparentemente também já tinha notado isso, e quebra a tensão falando - Sejam bem vindo meus senhores, é uma honra vos receber em Winterfell - Dizia isso enquanto fazia uma reverencia, que era repetida por todos os moradores de Winterfell, inclusive eu, porém algo que mudaria minha vida pra sempre acontece, graças a aquela reverencia; com o fim da frase de meu pai, o rei, Aerrys Targaryen popularmente conhecido como Rei Louco, que a aquela altura já estava completamente bêbado sai de sua carruagem dizendo - Por que zomba de mim maldito Lorde de Winterfell? Ambos de nós sabemos que você nesse momento é muito mais rei que eu, com as ultimas investidas dos Dothrak contra Crocus meu exercito foi dividido pela metade, o que te torna o patriarca militar de Fiore - Ele dizia enquanto tropeçava nos próprios pés - Maldito Lorde Dos Primeiros Homens, gostaria tanto de te punir, mas sera que eu conseguiria resistir a invasão dessas vadias que você chama de exercito? - Os moradores pareciam assutados, e mesmo meu pai estava espantado com a atitude do rei, a corte e o ministro também não faziam nada, apenas baixavam os rostos; aquela tinha que ser minha chance prometida pelo destino pra mostrar minha liderança, e se aquele fosse o teste do rei? Tomava folego e dizia com um ar de superioridade - Maldito Lorde de Winterfell? Como você disse ele é muito mais rei do que você, seu porco sujo, cuidado como fala Rei Louco, você não esta em Crocus, você esta em Winterfell, no norte, e no norte nós somos os líderes - Bom, digamos que aquilo não tinha soado como eu esperei..., toda Winterfell olhava assutada pra mim, inclusive meu pai, a corte estava perplexa e o rei tomado pela fúria, mal conseguia falar, só rugia, quando o 'Rei Louco' finalmente consegue falar algo diz com uma voz estranhamente 'chorosa' - Matem esse maldito garoto, o matem agora - Os guardas reais, que pareciam ter ficado felizes com a ordem sacam suas espadas e vem em minha direção, visivelmente querendo me ferir, e eles conseguiriam, se meu pai não sacasse sua espada e fosse seguido por toda a guarda de Winterfell, que superava de longe o número de guardas reais; os guardas de Winterfell assim como meu pai me empurravam pra trás, tentando me proteger, e eu... claro que estava impotente e apavorado, mesmo com uma espada e a habilidade pra usa-la não conseguiria me defender, era apenas uma criança. Tudo parecia que ia acabar como uma batalha entre Winterfell e a corte real, mas meu pai mostrou mais uma vez sua habilidade como lorde, com toda a calma disse - Vossa majestade, não leve em conta a atitude de meu filho, ele é uma criança, e mais um Stark, sabe o quanto nossa honra é importante pra nós, vê-lo me reprender fez o sangue subir a sua cabeça. E bom, como o senhor mesmo disse, sera que sobreviveria a uma revolta do norte? - O final da frase tinha soado mais como uma ameaça do que como uma tentativa de apaziguar a situação; o rei porém parecia estar mais calmo, e se pelo menos eu fosse o rei não ousaria desafiar Winterfell... sem muitas escolhas o 'Rei Louco' diz ofegante - Abaixem as espadas homens, e Lorde Dos Primeiros Homens, ensine bons modos ao seu filho, não vou perdoar um segundo motim.
(Continua...)